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23 janeiro 2009

De volta as postagens - Por uma causa nobre!


Amigos Incondicionais - Eramos Quatro


Lembro da primeira vez que o vi, foi no nosso primeiro dia de aula, assim que cheguei ele já estava batendo um papo com duas pessoas, das quais uma delas eu já havia me intrigado antes que as aulas começassem. 17 de setembro de 2009, e lá estava eu na minha camisa vermelha listrada, sem nenhuma afinidade com nenhum dos presentes. Antes mesmo que as aulas começassem, eu já tinha criado um laço de inimizade com alguns grandes nomes na faculdade, e amizade com outros grandes nomes, mas Ygor, até então não representava nada. A aproximação veio aos poucos, até que no inicio do mês de outubro fui escalado para a equipe de Ygor em uma disciplina da faculdade. Estava formado o quarteto fantástico, Dayvson, Yves, Lívia e Ygor, e nada como uma aproximação de interesses para que se forme um vínculo de amizade. Daí então a nossa amizade só fez crescer, Lívia partiu para o Rio de Janeiro juntar-se com o seu namorado que acabou tornando-se marido, mantivemos contato por um tempo, mas em poucos meses esse contato se tornou nulo, e nosso quarteto se reduziu a um trio, mas isso nos fez mais confidentes, e por ser um trio agora formado apenas por homens, as brincadeiras, as conversas, tudo entre nós perdeu o pudor, e em pouco tempo Ygor, assim como Yves, conheciam muito da minha história, de tudo que eu já tinha vivido até vir a ser um aluno da mais renomada faculdade do estado de Pernambuco. A cada dia a conversa se tornava mais longa, as brincadeiras mais desleixadas e a amizade que existia entre nós tornou-se um amor fraternal, Ygor e Yves tornaram-se para mim mais do que amigos da faculdade, tornaram-se irmãos.
O período foi longo e assustador, mas com muito estudo e um pouco de sorte, confesso, eu consegui tirar de letra a primeira temporada do meu curso, mas para minha tristeza Yves havia se prendido em algumas disciplinas, e mesmo que nós tenhamos jurado estar sempre juntos, não teríamos o tempo de antes, eu sabia que no segundo período o trio se resumiria a uma dupla, eu e Ygor.
E minha premunição havia se confirmado quando no segundo período da faculdade, Yves não havia se matriculado em nenhuma disciplina do segundo período, e dessa forma nosso contato não se perdeu, pois ele era como um irmão que sai de casa, mas que mora perto. Antes de começar a aula nos encontrávamos nos corredores e ainda nos reuníamos na biblioteca, mas quanto a ele e Ygor parecia não existir mais aquele vinculo, e eu acabava servindo de ponte de ligação entre os dois. Mas com Ygor as coisas estavam bem como sempre e o fato de estarmos estudando quatro das cinco disciplinas do período juntos ajudava muito. A partir do segundo período a nossa relação estava mais sólida, passamos a fazer muitos trabalhos em dupla, e quando o trabalho era com mais integrantes, estávamos sempre na mesma equipe. O segundo período firmou completamente nossa amizade, e parecia que aquilo seria igual até o final da faculdade, mas eu sabia que eu me enganava em relação a minha forma de pensar, Ygor confessava a todo tempo que escolheu o curso errado, e que seu sonho era seguir a carreira militar, e fazer um concurso de bastante destaque e concorrência entre os jovens, e ele parecia passar muitas noites em claro estudando em busca do seu sonho, e na verdade de uma forma meio egoísta eu queria que ele desistisse de tudo isso e decidisse levar em frente à faculdade, mas não podia tentar manipular as idéias dele em seguir com aquilo, sabia que ele não estava satisfeito, muitas vezes até dei umas indiretas a respeito, mas nunca tive coragem de fazê-lo mudar de idéia em relação ao concurso que ele almejava tanto ser aprovado.
Mesmo sabendo que aquilo não me faria bem, afinal, ele era meu maior amigo na faculdade, e talvez o único realmente próximo, já que Yves estava em outra turma. Eu sabia que ele tinha toda capacidade de ser aprovado, e isso se confirmou quando ainda em agosto ele chegou com a notícia de que havia passado, coisa que eu já sabia. Antes disso, ele que é meio agnóstico, havia me pedido que eu orasse por ele, e eu como um bom cristão até então havia feito isso muitas vezes, mesmo sabendo que esse resultado não seria tão bom para mim, mas apesar de tudo, acredito que um verdadeiro amigo deve sempre torcer pela conquista dos seus amigos, e eu torci por ele, orei por ele, a cada noite antes de por a cabeça no meu travesseiro eu pedia a Deus para que ele conquistasse isso que tanto queria, porque eu sabia que se ele não conseguisse ficaria deprimido, pois eu observava a dedicação, o fervor com que ele estava entregue a esse sonho.
O segundo período acabou, e Ygor já havia jogado o curso para os ares, afinal, ele agora seria um sargento da Aeronáutica, e nada daquilo fazia mais sentido para ele, e se via na cara dele a satisfação, a alegria, que preenchia não só ele, mas aqueles que estavam a sua volta. Sempre é bom ver quem nós gostamos feliz, e era assim que Ygor parecia estar, parecia não, ele estava. Ygor deixou de mão algumas disciplinas e foi reprovado, mas havia garantido que iria fazer mais um semestre de curso, e o terceiro período estava por vir. No segundo período eu também me desliguei da faculdade por muitos problemas pessoais, alguns sentimentais, mas tive um resultado razoável, talvez melhor do que o esperado, e o segundo período se foi, e com ele, ficaram momentos absurdos, como o de um ex-cristão embriagado e deitado no asfalto, mas isso é outra história.
No terceiro período as coisas já estavam ao avesso, eu descobri um nódulo no testículo e segundo alguns laudos médicos poderia ser algo grave, mas eu ainda me martirizei um bom tempo até criar coragem de procurar um médico especialista, e junto a minha frustração profissional que havia chegado ao seu agravante, pensei seriamente em trancar o período, mas levei em conta tudo que poderia perder em quatro meses e meio de aula, que poderiam mudar muita coisa. Vendo que não tinha outra alternativa a não ser encarar os estudos, eu me matriculei em três disciplinas das cinco obrigatórias, entre as três, apenas em uma eu estaria estudando junto a Ygor que estava entregue a Deus dará. Diante da insistência de Yves e de outras pessoas, acabei incluindo mais uma disciplina, ficando assim matriculado em quatro disciplinas, das quais uma estudava junto a meus grandes irmãos Ygor e Yves, e a outra apenas com Ygor, e confesso que nas outras duas eu me sentia meio perdido, tanto e fato que me mantive pouco presente nelas.
Até que o pré-diagnóstico de câncer desse negativo minha vida estava um caos, mas felizmente após alguns exames, e um tratamento medico leve eu me livrei do mal infame que havia se alojado em minhas "bolas", e agora mais confiante na vida, eu prometi a mim mesmo que levaria o estudo mais a sério, e dito e feito. O terceiro período foi o período em que me mantive mais confiante, mas o peso disso tudo era saber que eu estaria perdendo de vez meu maior amigo da faculdade, e para falar a verdade, um dos melhores amigos de toda a minha vida, pois ás vezes ele parecia ser meu único amigo, já que nesse meio tempo turbulências me distanciaram da minha melhor amiga (que também é uma outra história), Ygor estava cada vez mais perto de ficar longe, essa era a verdade, e talvez por saber disso, a nossa amizade deu uma guinada, apesar de a ausência se fazer mais forte.
Terminado o período, estávamos lá nas finais das finais, mendigando sorte na prova final de Direito, que por sinal, estava muito fácil, e os detalhes desta história não mais convêm, mas o mais importante e triste era saber que aquele seria nosso último ano juntos. Que no dia 24 de janeiro de 2009, ele estaria embarcando em busca de seu sonho que já havia se tornado uma vitória e faltava pouco para tornar-se real.
Ás férias vieram e com ela aquele período de distância, aquela falta de bater aquele bom papo, que as vezes era só besteira de gente jovem, que fala qualquer besteira só para quebrar a barreira do silêncio, e porque sente segurança de dizer aquilo que pensa, na certeza que por mais asneiras que se diga, nunca será o suficiente comparado com as tantas mais que estão por vir. Passado o Reveillon, no dia numa tarde de sábado estava marcada o último encontro de Ygor com seus grandes amigos e conterrâneos. Nesta tarde todos nos divertimos muitos, e em meio a álcool, comida, e pouquíssima mulher, fizemos a fuzarca, jovens cheios de vida juntos, a alegria estampada no rosto e a todo tempo parecia que todos haviam esquecido que estávamos ali comemorando a vitória de um grande "pequeno homem", mas o lado ruim disso tudo era que era também uma despedida, a partir dali tudo seria uma contagem do grande dia, o dia em que quase um ano e meio seriam deixados para traz.
Daqui a menos de dois dias inteiros meu "irmão do meio", e só ele sabe o que isso significa (caso ainda lembre), estará partindo, levando consigo parte da alma de um cara que só deseja a ele a felicidade, a vitória, e muitas conquistas nessa busca do desconhecido desejado. Queira Deus que ele se identifique integralmente com essa nova vida e que nunca se esqueça dessa grande "galera" que aqui ficou na torcida, cada um trilhando seu caminho, e torcendo por ele, para que tudo saia como ele tanto espera.
Obrigado Ygor por esses 16 meses de seu companheirismo, de seu humor, de seu apoio moral, sua amizade, e sua presença. Que eu nunca seja mal interpretado pelo que vou dizer aqui, mas devo confessar que de um jeito nada sexual, EU TE AMO! Vai com Deus!

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