
Sociedade dos poetas mortos
(Davy Kemp)
Deixe-me mergulhar no mar que oculta minhas mentiras
A vela está acesa porque certamente alguém morreu
Atrás da minha face moribunda de tristeza
Eu uso um caco de vidro para unir meu espírito ao seu
Vejo meu sangue se misturar com a água que cai do chuveiro
E enquanto vou me sentindo mais fraco vou pensando
Que destino teremos nós do outro lado?
Eu me machuquei por toda a vida, mas agora finalmente estou sangrando
Na sociedade dos poetas mortos vou escrever minha saga
E a lembrança de meu último sorriso só ela guardará
A amiga a quem salvei boas passagens nesta caminhada
Ela e somente ela, a pessoa que o meu segredo salvará
Meu coração bombeia cada vez mais fraco
E posso perceber que já estou morto, e ao certo sempre estive
Quando um poeta morre sua carne apodrece como todos
Mas as suas palavras para sempre vivem.
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