
Um pouco tarde para dizer eu te amo
12 anos de saudades
Por Davy Kemp
Quarta-feira, 05 de junho de 1996, eu ainda era uma criança, mas lembro de cada detalhe daquele dia que se tornou um dos mais tristes de toda a minha vida. Eu era um estudante da quarta série da modalidade fundamental, era aquele menino totalmente enérgico, na época bem gordinho, e era bastante mal criado revoltado com as maldades que o mundo fazia comigo, mas ainda assim eu era muito feliz pelas poucas coisas que tinha.
Antes deste dia horrível o meu dia se resumia em acordar cedo de mau humor para ir a escola, brincar na rua ou muitas vezes na casa de meu primo Victor, principalmente de Cavaleiros do Zodíaco, e a noite ficava na minha rua brincando até tarde, mas boa parte deste tempo eu ficava na calçada da casa da minha vó, com meu avô numa posição que não era nem sentado, nem de coca, uma posição que meu avô fazia com perfeição e que eu sem sucesso tentava copiar. Aquelas noites se resumiam a olhar o céu, e ouvir as filosofias do meu avô, que me dizia coisas que antes pareciam confusas, mas que hoje são a minha realidade.
Meu avô não era o tipo de avô carinhoso que diz eu te amo, até por que acredito que ele nunca ouviu isso de ninguém, vindo da vida difícil no campo, ele era as vezes bem sério, mas bastava você conversar com ele três minutos e você encontrava uma pessoa de alma doce que ele ocultava. Eu admirava a forma que ele olhava o vazio da noite, respirava profundo, as vezes ascendia um cigarro (parte que eu detestava), e assanhava meu cabelo e me chamava de um apelido que ele me deu: “Jaburu”, ótimo não?, é que na verdade ele não conseguia pronunciar “Dayvson”, seu máximo era um “Dêbu”, que sempre que ele pronunciava eu me acabava de rir.
Ele ficava em silêncio por um longo tempo, até que entre um intervalo e outro ele falava das dificuldades enfrentadas por ele, minha vó, minha mãe e meus tios e tias, muitas vezes dava para perceber que ele trazia uma lágrima distante no olhar. Nesta época minha mãe tinha que dormir no trabalho, e eu me sentia muito órfão, pelo fato de nunca ter tido um pai, meu avô preenchia o espaço que caberia a imagem paterna, e ele sabia fazer isso muito bem, eu adorava ficar na calçada vendo o tempo passar, havia dias que a conversa era tão boa que eu nem tinha vontade de brincar, só para estar ao lado dele, e essas conversas estendiam-se até altas horas da madruga, quando em um tom bem assustador ele dizia algo do tipo: “chega por hoje, vai-te embora dormir” e eu as vezes tentava dizer que estava cedo, mas as havaianas chacoalhavam e logo eu sabia que estava sim bem tarde.
Quando eu estava na casa da minha vó que na época era menos de 20 metros da minha casa, eu entrava no estabelecimento doméstico que meu avô possuía e ficava estendido com toda minha banha no chão, e meu avô parecia não se incomodar, exeto nas vezes que isso dificultava sua passagem, e ai eu tinha que me ajeitar, brincar no balcão com a velha caixa de pasta de dentes (na época a extinta “Kolinus”) que era meu ônibus, uns carrinhos de corda e meio milhão de tampinhas de garrafa, que as vezes eram passageiros, em outras eram as pontos de ônibus, ou qualquer outra coisa que minha imaginação permitisse, estar ao lado dele era bom, muito bom, eu me sentia seguro, e aquela sensação de estorvo desaparecia, eu me sentia importante.
Totalmente inocente lá nos meus 5 anos, época em que eu morava com ele, eu chegava a me inspirar nele, dizendo para mim mesmo que eu queria parecer-me com ele, a ponto de uma certa vez olhando o cabelo dele “pretinho” eu encontrei uma “latinha” com graxa de sapato, e imaginei que era aquilo que ele colocava no cabelo para conseguir aquela cor, resultado, peguei uma escova que ficava junto a lata e fiz a minha pintura de cabelo, prontamente minha vó viu aquilo, o que me rendeu dolorosas chineladas, e uma lavagem de cabelo com sabão amarelo. Cada detalhe daqueles dias, nada fugiu de minha mente, a cada aniversário que passava, cada conversa, a cirurgia no olho feita por ele, seu óculos escuros que se desmontava e ficava do tamanho de um biscoito “Maria”, seu terno azul claro, tudo registrado aqui em mim.
Num dia de reunião familiar daquele mesmo ano, se não me falha a memória dia das mães, aconteceu um fato inédito, meu avô aceitou tirar uma foto, algo praticamente impossível. Nesta foto estávamos ele, minha vó, alguns primos, meus dois irmãos, e como numa despedida, aquela não foi a primeira de muitas, mas sim a única (neste momento caiu a primeira lagrima de meus olhos, vô que saudade do senhor).
Sim, tarde de junho, quarta feira, minha prima Quesia chega da escola aos prantos ao lado de uma colega Angelina, e me fala nervosa algo que eu entendi: “vou morrer!”, eu não entendi nada daquilo, como uma menina de 11 anos iria morrer assim do nada, então eu falei “que mentira!”, na época ela era minha melhor amiga, eu a adorava, e como assim ela iria morrer? Perguntei denovo, e ela repetiu, e perguntou a amiga: “Não foi Angelina?” a resposta da menina foi algo do tipo “é verdade”, então Quesia falou vamos lá em vó? Eis que no terceiro ou quarto passo, meio que em pranto me caiu a ficha, não era Quesia que iria morrer, mas sim meu avô, suas palavras eram: “Vô morreu!” e não “Vou morrer!”, ai sim, as lágrimas caíram (e agora caem denovo). Era difícil acreditar, como assim? No dia anterior ele estava ótimo, na calçada sentadinho como sempre, e assim sem doença nem nada do tipo ele morre? Eu não aceitei, e gritei dentro da casa da minha vó, nunca eu me senti tão perdido, nem quando fui afastado da minha mãe por um tempo, porque naquela situação eu sabia que iria voltar aos braços dela, mas meu avô? Ele estava morto e contra isso eu estava debilitado de uma atitude, lágrimas e revolta era tudo que eu tinha naquele instante...
No dia seguinte no final da tarde eu veria meu avô pela última vez... Eu chorei tudo que tinha para chorar, por dentro eu me perguntava, porque? Como pode? Cheguei até a pensar nas pessoas que poderiam ter morrido no lugar dele, até que ao fim daquela tarde eu tentei manipular a realidade fingindo que nada aconteceu e tentei me distrair, junto a meu irmão e alguns primos fui andar entre os túmulos olhando as datas de nascimento e sepultamento das pessoas para ver com quantos anos as pessoas haviam morrido, meu avô morrera aos 59 anos...
Nos primeiros meses foi muito difícil... Aquela calçada vazia, eu cheguei a acordar de madrugada e sair para rua para olhar a calçada, desejando rever o meu herói... Pela segunda vez a vida me roubava à figura paterna... Meu desespero aumentou quando a poucos dias do falecimento do meu avô minha mãe entrou em depressão, ela não comia, chorava a todo o tempo, e chegou a ser socorrida, neste dia eu tremi nas bases, só Deus sabe como eu chorei esta noite, em desespero eu falei em oração a Deus que se ele levasse a minha mãe eu iria me matar, e se me faltasse coragem eu iria então deixar de confiar nele, felizmente no mesmo dia de madrugada minha mãe voltou para casa, e pouco a pouco ela foi melhorando.
Agora 12 anos já se passaram, mas sempre que se inicia o mês de junho, aquela velha dor volta, deixando um gosto amargo de saudade, e a ira de ver o número de conquistas que eu e minha mãe tivemos e meu avô não compartilhou. Na época minha mãe dormia fora, morávamos numa casa alugada, e eu me lembro que meu avô me falava que queria ver-me crescido, minha mãe com uma casa própria, lembro que ele falava que eu seria um doutor, gente de importância, só não me lembro de ele falar sobre bisnetos.
Sim, 12 anos e ainda dói muito imaginar que ele se foi, às vezes olho a calçada que já não tem a mesma estrutura, na verdade a casa da minha avó parece outra, mas há coisas que nunca mudarão, como as lembranças do jerimum que meu avô machucava no feijão, o cigarro Malboro que ele me mandava comprar, seu jeito único e exclusivo de sentar, sua correia de sofá que servia de educador de netos rebeldes (mas que ele batia numa maciez que eu chorava mais por obrigação), seu terno azul claro, sua ida ao ferro velho, seu cabelo cheio, preto e brilhoso, seu jeito de colocar a mão no rosto para olhar contra a luz do sol, aquele vestígio de catarata nos seus olhos, seu óculos escuro que desmontava, seu jeito de me chamar, o apelido “Jaburu”, seu jeitinho bem tosco de dançar chacoalhando os ombros e batendo o pé, o contorno azulado de seus olhos, suas unhas amareladas e duras feito pedra, sua havaiana azul e branco, sua voz (lembro com perfeição), sua “braveza” na hora de se impor, as tampinhas de garrafa que ele guardava para mim, meu irmão Emerson e meu primo Léo, toda sua simplicidade de homem do campo, sim, Seu João, o senhor será sempre o pai que eu nunca tive.
Te amo, e desculpa por não dito isso em vida, mas é que na época eu tinha vergonha e medo da sua possível reação, mas acredito que este sentimento nunca esteve oculto, e coisas assim não precisam ser pronunciadas com a boca, porque nos seus olhos eu encontrava amor, e preocupação comigo, e meu apego deixava bem claro minha admiração, ainda assim, me desculpe por meu medo de ser sincero sobre meus sentimentos, te amo sim, te amo muito, pena que seja um pouco tarde para dizer isto!
12 anos de saudades
Por Davy Kemp
Quarta-feira, 05 de junho de 1996, eu ainda era uma criança, mas lembro de cada detalhe daquele dia que se tornou um dos mais tristes de toda a minha vida. Eu era um estudante da quarta série da modalidade fundamental, era aquele menino totalmente enérgico, na época bem gordinho, e era bastante mal criado revoltado com as maldades que o mundo fazia comigo, mas ainda assim eu era muito feliz pelas poucas coisas que tinha.
Antes deste dia horrível o meu dia se resumia em acordar cedo de mau humor para ir a escola, brincar na rua ou muitas vezes na casa de meu primo Victor, principalmente de Cavaleiros do Zodíaco, e a noite ficava na minha rua brincando até tarde, mas boa parte deste tempo eu ficava na calçada da casa da minha vó, com meu avô numa posição que não era nem sentado, nem de coca, uma posição que meu avô fazia com perfeição e que eu sem sucesso tentava copiar. Aquelas noites se resumiam a olhar o céu, e ouvir as filosofias do meu avô, que me dizia coisas que antes pareciam confusas, mas que hoje são a minha realidade.
Meu avô não era o tipo de avô carinhoso que diz eu te amo, até por que acredito que ele nunca ouviu isso de ninguém, vindo da vida difícil no campo, ele era as vezes bem sério, mas bastava você conversar com ele três minutos e você encontrava uma pessoa de alma doce que ele ocultava. Eu admirava a forma que ele olhava o vazio da noite, respirava profundo, as vezes ascendia um cigarro (parte que eu detestava), e assanhava meu cabelo e me chamava de um apelido que ele me deu: “Jaburu”, ótimo não?, é que na verdade ele não conseguia pronunciar “Dayvson”, seu máximo era um “Dêbu”, que sempre que ele pronunciava eu me acabava de rir.
Ele ficava em silêncio por um longo tempo, até que entre um intervalo e outro ele falava das dificuldades enfrentadas por ele, minha vó, minha mãe e meus tios e tias, muitas vezes dava para perceber que ele trazia uma lágrima distante no olhar. Nesta época minha mãe tinha que dormir no trabalho, e eu me sentia muito órfão, pelo fato de nunca ter tido um pai, meu avô preenchia o espaço que caberia a imagem paterna, e ele sabia fazer isso muito bem, eu adorava ficar na calçada vendo o tempo passar, havia dias que a conversa era tão boa que eu nem tinha vontade de brincar, só para estar ao lado dele, e essas conversas estendiam-se até altas horas da madruga, quando em um tom bem assustador ele dizia algo do tipo: “chega por hoje, vai-te embora dormir” e eu as vezes tentava dizer que estava cedo, mas as havaianas chacoalhavam e logo eu sabia que estava sim bem tarde.
Quando eu estava na casa da minha vó que na época era menos de 20 metros da minha casa, eu entrava no estabelecimento doméstico que meu avô possuía e ficava estendido com toda minha banha no chão, e meu avô parecia não se incomodar, exeto nas vezes que isso dificultava sua passagem, e ai eu tinha que me ajeitar, brincar no balcão com a velha caixa de pasta de dentes (na época a extinta “Kolinus”) que era meu ônibus, uns carrinhos de corda e meio milhão de tampinhas de garrafa, que as vezes eram passageiros, em outras eram as pontos de ônibus, ou qualquer outra coisa que minha imaginação permitisse, estar ao lado dele era bom, muito bom, eu me sentia seguro, e aquela sensação de estorvo desaparecia, eu me sentia importante.
Totalmente inocente lá nos meus 5 anos, época em que eu morava com ele, eu chegava a me inspirar nele, dizendo para mim mesmo que eu queria parecer-me com ele, a ponto de uma certa vez olhando o cabelo dele “pretinho” eu encontrei uma “latinha” com graxa de sapato, e imaginei que era aquilo que ele colocava no cabelo para conseguir aquela cor, resultado, peguei uma escova que ficava junto a lata e fiz a minha pintura de cabelo, prontamente minha vó viu aquilo, o que me rendeu dolorosas chineladas, e uma lavagem de cabelo com sabão amarelo. Cada detalhe daqueles dias, nada fugiu de minha mente, a cada aniversário que passava, cada conversa, a cirurgia no olho feita por ele, seu óculos escuros que se desmontava e ficava do tamanho de um biscoito “Maria”, seu terno azul claro, tudo registrado aqui em mim.
Num dia de reunião familiar daquele mesmo ano, se não me falha a memória dia das mães, aconteceu um fato inédito, meu avô aceitou tirar uma foto, algo praticamente impossível. Nesta foto estávamos ele, minha vó, alguns primos, meus dois irmãos, e como numa despedida, aquela não foi a primeira de muitas, mas sim a única (neste momento caiu a primeira lagrima de meus olhos, vô que saudade do senhor).
Sim, tarde de junho, quarta feira, minha prima Quesia chega da escola aos prantos ao lado de uma colega Angelina, e me fala nervosa algo que eu entendi: “vou morrer!”, eu não entendi nada daquilo, como uma menina de 11 anos iria morrer assim do nada, então eu falei “que mentira!”, na época ela era minha melhor amiga, eu a adorava, e como assim ela iria morrer? Perguntei denovo, e ela repetiu, e perguntou a amiga: “Não foi Angelina?” a resposta da menina foi algo do tipo “é verdade”, então Quesia falou vamos lá em vó? Eis que no terceiro ou quarto passo, meio que em pranto me caiu a ficha, não era Quesia que iria morrer, mas sim meu avô, suas palavras eram: “Vô morreu!” e não “Vou morrer!”, ai sim, as lágrimas caíram (e agora caem denovo). Era difícil acreditar, como assim? No dia anterior ele estava ótimo, na calçada sentadinho como sempre, e assim sem doença nem nada do tipo ele morre? Eu não aceitei, e gritei dentro da casa da minha vó, nunca eu me senti tão perdido, nem quando fui afastado da minha mãe por um tempo, porque naquela situação eu sabia que iria voltar aos braços dela, mas meu avô? Ele estava morto e contra isso eu estava debilitado de uma atitude, lágrimas e revolta era tudo que eu tinha naquele instante...
No dia seguinte no final da tarde eu veria meu avô pela última vez... Eu chorei tudo que tinha para chorar, por dentro eu me perguntava, porque? Como pode? Cheguei até a pensar nas pessoas que poderiam ter morrido no lugar dele, até que ao fim daquela tarde eu tentei manipular a realidade fingindo que nada aconteceu e tentei me distrair, junto a meu irmão e alguns primos fui andar entre os túmulos olhando as datas de nascimento e sepultamento das pessoas para ver com quantos anos as pessoas haviam morrido, meu avô morrera aos 59 anos...
Nos primeiros meses foi muito difícil... Aquela calçada vazia, eu cheguei a acordar de madrugada e sair para rua para olhar a calçada, desejando rever o meu herói... Pela segunda vez a vida me roubava à figura paterna... Meu desespero aumentou quando a poucos dias do falecimento do meu avô minha mãe entrou em depressão, ela não comia, chorava a todo o tempo, e chegou a ser socorrida, neste dia eu tremi nas bases, só Deus sabe como eu chorei esta noite, em desespero eu falei em oração a Deus que se ele levasse a minha mãe eu iria me matar, e se me faltasse coragem eu iria então deixar de confiar nele, felizmente no mesmo dia de madrugada minha mãe voltou para casa, e pouco a pouco ela foi melhorando.
Agora 12 anos já se passaram, mas sempre que se inicia o mês de junho, aquela velha dor volta, deixando um gosto amargo de saudade, e a ira de ver o número de conquistas que eu e minha mãe tivemos e meu avô não compartilhou. Na época minha mãe dormia fora, morávamos numa casa alugada, e eu me lembro que meu avô me falava que queria ver-me crescido, minha mãe com uma casa própria, lembro que ele falava que eu seria um doutor, gente de importância, só não me lembro de ele falar sobre bisnetos.
Sim, 12 anos e ainda dói muito imaginar que ele se foi, às vezes olho a calçada que já não tem a mesma estrutura, na verdade a casa da minha avó parece outra, mas há coisas que nunca mudarão, como as lembranças do jerimum que meu avô machucava no feijão, o cigarro Malboro que ele me mandava comprar, seu jeito único e exclusivo de sentar, sua correia de sofá que servia de educador de netos rebeldes (mas que ele batia numa maciez que eu chorava mais por obrigação), seu terno azul claro, sua ida ao ferro velho, seu cabelo cheio, preto e brilhoso, seu jeito de colocar a mão no rosto para olhar contra a luz do sol, aquele vestígio de catarata nos seus olhos, seu óculos escuro que desmontava, seu jeito de me chamar, o apelido “Jaburu”, seu jeitinho bem tosco de dançar chacoalhando os ombros e batendo o pé, o contorno azulado de seus olhos, suas unhas amareladas e duras feito pedra, sua havaiana azul e branco, sua voz (lembro com perfeição), sua “braveza” na hora de se impor, as tampinhas de garrafa que ele guardava para mim, meu irmão Emerson e meu primo Léo, toda sua simplicidade de homem do campo, sim, Seu João, o senhor será sempre o pai que eu nunca tive.
Te amo, e desculpa por não dito isso em vida, mas é que na época eu tinha vergonha e medo da sua possível reação, mas acredito que este sentimento nunca esteve oculto, e coisas assim não precisam ser pronunciadas com a boca, porque nos seus olhos eu encontrava amor, e preocupação comigo, e meu apego deixava bem claro minha admiração, ainda assim, me desculpe por meu medo de ser sincero sobre meus sentimentos, te amo sim, te amo muito, pena que seja um pouco tarde para dizer isto!
Um comentário:
vou xorar
descupe mais eu vou xorarlindu0Oo
Postar um comentário